Comi um dos melhores risotto, se não o melhor de sempre no restaurante O Bastardo em Lisboa. Foi um risotto de abóbora e inspirei-me nele para fazer o meu, só acrescentei camarão.
Ingredientes:
2 xícaras de arroz arbóreo
300g de abóbora
500g de camarão
1 cebola picada
1 cubo de caldo de galinha
1 litro de água
azeite a gosto
sal a gosto
2 colheres de café de açafrão
100g de queijo parmesão ralado
bagas de goji a gosto
Preparação:
Numa panela refogar a cebola em azeite e quando estiver a ficar cozida adicionar o arroz. Deixar o fogo brando e ir mexendo, é esse o segredo de um bom risotto.
Entretanto aquecer o litro de água noutra panela com o cubo de caldo de galinha. Vamos utilizar esta água para regar o risotto.
Adicionar o vinho branco ao arroz, quando este estiver absorvido pode temperar com o sal, a pimenta e o açafrão. Cuidado com o sal porque a àgua com caldo de galinha já tem sal.
Acrescentar uma concha do caldo e deixar cozer, mexendo sempre. Cada vez que se vê que o caldo está absorvido, acrescentar mais caldo e repetir esses passos.
A meio da cozedura, junte a abóbora cortada em cubinhos e podem já adicionar um bocado de parmesão e continuar a acrescentar caldo até ficar cozido. O risotto quer-se cremoso por isso é normal ficar com água.
5 minutos antes de acabar de cozer (sabendo que esta receita demora mais ou menos 25 minutos) adicionar o camarão.
No final juntar o resto do parmesão. Não gosto muito de dar quantidades porque o queijo tem de ser a gosto. Por mim quanto mais melhor fica, mas depende dos gostos.
Quando servir o risotto, espalhe umas bagas de goji por cima, fica óptimo!
Este doce de bolacha é diferente dos outros porque leva chocolate e quem me conhece sabe que adoro chocolate.
Espero que gostem, aqui fica a receita.
Ingredientes:
2 pacotes de bolacha maria
Taça com água e café
2 pacotes de natas para bater (400ml)
2 colheres de sopa de açúcar
1 pacote de mousse de chocolate
Preparação:
Numa taça fazer a mousse de chocolate.
Quem tiver paciência e preferir pode fazer uma mousse caseira, mas eu comprei aquelas preparações que trasem uma saqueta e que é só dissolver o conteúdo com leite.
Noutra taça bater as natas com o açúcar.
Numa tigela dissolver café com água quente.
E estamos prontos para fazer a montagem.
Na taça final onde vão servir o doce, cobrir o fundo com mousse de chocolate, a seguir mergulhar as bolachas no café e pô-las por cima da camada de mousse de chocolate. Cobrir as bolachas com uma camada da preparação das natas e repetir até não haver mais natas nem mousse de chocolate.
Cobrir com uma película aderente e levar ao frigorífico pelo menos 3 horas antes de servir.
Estamos todos a viver tempos difíceis, alguns mais que outros, mas todos estamos a ser afectados pela conjuntura causada pelo Covid-19. Após 26 dias em casa, decidi deixar aqui um desabafo sobre a minha experiência. O meu maior desafio tem passado por entreter e fazer uma vida “normal” com crianças fechadas em casa apesar de que hoje nada é “normal”.
Tenho visto muitos memes e frases a comentar que agora com as escolas fechadas por causa do Covid-19 é que damos mais valor às educadoras e professoras. Que deviam ganhar muito mais e tal. Não posso concordar com essas afirmações. Estou já há um mês em teletrabalho com duas crianças em casa, uma de 2 e outra de 4 anos. E o verdadeiro desafio, não tem sido estar com elas todos os dias, isso é algo que não me incomoda nada, se fosse de outra maneira porque é que teria tido filhos?!
As grandes dificuldades desse confinamento com crianças são coisas que não acontecem num contexto normal em que elas vão à escola. Antes do Covid-19 as crianças não tinham de ficar fechadas todos os dias em casa sem poderem ir ao parque ou passear na rua. Antes do Covid-19 as crianças não tinham de se distanciar e não verem por muitos dias os avôs, os tios, os primos ou os amigos. Antes do Covid-19 as crianças tinham uma rotina com escola, actividades e fim-de-semana. O meu filho já se fartou de chorar porque quer voltar à escola e à piscina e por mais que lhe tente explicar a situação actual, ele não percebe completamente.
O mais difícil nisso tudo e que vai piorando ao longo dos dias pela falta das rotinas que falei acima, é trabalhar a partir de casa, tanto eu como o meu marido, e não conseguirmos nem podermos dar a atenção que os nossos filhos precisam e merecem. Durante o fim-de-semana há menos birras, menos gritos, nem nos pedem tanta atenção, porque veem que estamos disponíveis. De segunda-feira a sexta-feira, assim que nos veem em frente aos computadores ficam automaticamente mais sensíveis e quando nos pedem atenção todos fofinhos mas que com muita pena temos que responder a um e-mail ou temos uma reunião e temos de recusar, então a maneira que encontram, inconsciente ou conscientemente de terem a nossa atenção, é fazendo tontices, e aí começam os gritos (muitos são meus…).
Não pretendo desvalorizar o trabalho das educadoras ou dos professores (trabalhar e gerir crianças todos os dias é um trabalho a honrar sim Senhora), mas sim dizer que não se pode comparar o facto de gerir crianças num contexto de escola onde elas já sabem que faz parte da rotina delas irem à escola, obedecer a regras, e que depois saem e podem conviver com a família, ir ao parque, etc. com a fase em que estamos a viver onde Pais cansados e stressados com teletrabalho (ou não) têm de entreter e gerir as emoções de crianças também elas cansadas e confusas com tudo o que está a acontecer.
Já estive 1 mês com os meus filhos só comigo e com o meu marido quando o meu filho tinha 3 anos e a minha filha 5 meses, mas estávamos num contexto de férias. E correu lindamente! Não vou dizer que não havia birras e gritos. Onde há crianças há sempre isso, principalmente a partir dos 2 anos. Não é por nada que se fala dos terríveis 2. Mas nós pais, não estávamos exaustos e preocupados, estávamos num estado mental adequado para lidar com crianças.
Penso muito em como vamos ficar depois disto, todos quantos somos, adultos e crianças. E não escrevo este artigo para me queixar, primeiro porque adoro passar tempo com os meus filhos (apenas desejava que fosse tempo de qualidade e nem sempre é), segundo porque tenho a certeza que existem pessoas que estão a viver esta fase com mais dificuldades que eu e não se queixam. Todos nós estamos a viver com muitos receios e dúvidas por mais diversas que sejam. Espero que no final disto tudo, o máximos de pessoas fiquem bem porque por mais que se diga que vai ficar tudo bem, sabemos no fundo que não é bem assim.