Antes de apresentar os ingredientes e o modo de preparação destes folhados é preciso uma contextualização.
No final do Verão, tinha muitas pêras do quintal dos meus pais e decidi fazer conservas e congelar. Ou seja, descascar as pêras, cortá-las e cozê-las em água com açúcar e depois guardá-las com calda em recipientes e congelar.
Para esta receita, utilizei as pêras do Verão. Fica a dica se tiverem por aí muitas pêras. Senão, podem comprar pêras em calda ou utilizar pêras sem serem cozidas.
Vamos à receita que é muito simples.
Ingredientes:
Pêras (em calda ou não)
Uma embalagem de 180g queijo de cabra
Uma massa folhada
Manteiga derretida
Mel q.b.
Preparação:
Estender a massa folhada na placa de ir ao forno. Aproveitei o papel vegetal que já vem com a massa.
Cortar o queijo de cabra às rodelas e cortar a pêra em pedaços que possam cobrir as rodelas de queijo.
Dispor na massa as rodelas de queijo de cabra. Aqui para não desperdiçar nada, decidi dispor na metade da massa, deixando espaço para depois cortar à volta. Por cima de cada rodela de queijo, dispor uma pedaço de pêra.
Dobrar a massa folhada para cobrir o queijo de cabra e a pêra. Recortar à volta de cada preparação e separar os folhados na placa. Numa tigela, derreter uma colher de sopa de manteiga para pincelar os folhados.
Levar ao forno a 200ºC (que tem de ser pré-aquecido à mesma temperatura) durante 5 a 10 minutos.
Uma vez fora do forno, cobrir os folhados com um fio de mel.
Et voilà!!
Bom apetite!
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No final do mês de janeiro, aproveitamos a interupção letiva dos pequenos para fazer uma viagem. Tinha pesquisado destinos europeus bons em Janeiro e muitos sites falavam de Roma, porque supostamente tem menos turismo (não sei se há mesmo uma época lá com menos turismo...) e porque só chove em média 7 dias no mês de Janeiro. Tivemos sorte, choveu na semana antes de irmos, tivemos dias de muito sol.
Vou tentar resumir o que vimos durante os 6 dias que estivemos em Roma com duas crianças (5 e 8 anos). 6 dias pode parecer imenso até quando vemos publicações no Instagram que nos dizem que pode-se visitar 10 cidades em Itália em só 15 dias. Sim é possíve, mas é turismo de Instagram só. Ou seja chegar ao pé de um ponto de interesse, tirar uma foto gira e seguir até à próxima atração turística. A verdade é que em Roma é mesmo esse tipo de turismo que encontrámos.
Roma é um museu ao ar livre. Eu não percebo nada de arquitetura e mesmo assim fico encantada com qualquer prédio, escultura ou fonte que se possa encontrar ao virar da esquina. Passear a pé em Roma é essencial para aproveitar mesmo da cidade. Apanhámos o metro uma vez ou outra por causa das crianças, mas mesmo assim andávamos em média 10km por dia. Eu sei, é muito, mas íamos fazendo pausas em parques, em escadarias, a comer um gelado, etc.
Vou dividir este artigo por dias, assim é mais simples.
1º dia: Dia da viagem, aterramos no aeroporto de Ciampino e de lá apanhamos um autocarro e um comboio regional até à estação de Termini. O nosso apartamento ficava perto da estação de metro Repubblica por isto estávamos numa zona central em que facilitava os passeios a pé. Chegamos à tarde por isso nesse dia só decidimos caminhar até à Fonte de Trevi que ficava a uns 800m do apartamento. Sábado, por volta das 18h00, ia vendo onde ficava a ponte pelo mapa do telemóvel, mas chega a uma altura que somos atraídos pelo barulho da multidão. Foi o dia em que tivemos mais dificuldades em chegar perto da fonte. Estava cheia de pessoas. É logo um choque chegar lá e ver a multidão e falo por mim, mas tira o encanto da coisa.
Comemos um gelado ao pé da Fonte, num café que tem também refeições e várias mesas para sentar (Il Bistrot). Podemos achar antes de entrar que o preço vai ser um absurdo e não é de todo, bebemos lá o café mais barato de Roma, 1,20€.
2º dia: Era o último domingo do mês e não se paga para entrar em museus em Roma, por isso aproveitamos e fomos ao Vaticano. Vimos na net que a última entrada era às 12h30 (confirmou-se a chegar lá). Chegamos no início da fila às 10h30 e entramos às 12h26. E a trás de nós estava uma fila com centenas de metros ainda. Não sei se respeitaram mesmo o horário das 12h30, mas de certeza que muita gente ficou à porta. A basílica de São Pedro é gratuita, mas queríamos ver a Capela Sistina. Aquilo lá dentro estava mais ou menos organizado para seguir uma ordem no que se vê (não sei se nos dias de visita normal também é assim). Por isso também visitamos o museu do Vaticano antes de entrar na Capela. Diria que é um dos sítios onde deve valer a pena pagar para um audio guia, mas com crianças, ficámo-nos pelas placas descritivas.
No fim da visita, chega-se à capela Sistina, e até lá, não faltam placas a dizerem para manter-se em silêncio, então estivemos sempre a avisar as crianças. O problema é que foi o sítio mais claustrofóbico e barulhento onde estive em Roma. Entramos e fomos logo agredidos pelos guardas a gritarem "no pictures, no photos". Empuram-nos para o meio, para deixar uma passagem, mas a capela está cheia. É uma sensação muito má. Estava lá um bafo de calor terrível e estávamos como numa lata de sardinhas. Estava super ansiosa para ver a capela, até tinha colado uma foto no caderno de viagem que fiz para os meus filhos, mas nem tivemos disponibilidade para ficar lá dentro muito tempo a apreciar a arte porque é desconfortável. Fiquei muito desiludida. Pergunto-me se é assim nos dias normais de visita. Na minha opinião, deviam controlar a entrada de pessoas e não deixar acumular tanta gente dentro. Vê-se que já não é tempo de Covid.
Obviamente tirei uma foto no fim antes de sair, porque a proibição das fotos não tem nada a ver com proteção das obras de arte, mas sim para as pessoas não se juntarem... proibição um bocado parva visto a experiência que tivemos.
À tarde, fomos visitar a Praça de São Pedro e a Basílica. Gostei muito da basílica. Não sei explicar, se calhar pela sua imponência. À entrada, do lado direito, temos logo uma das obras de arte de Michelangelo mais conhecidas, a escultura Pietà que representa a Senhora da Piedade. Na parte subterrânea da basílica, pode ver-se os túmulos dos antigos Papas.
Acabamos o dia sentados nas escadas que estão à volta da Praça São Pedro, a ver o anoitecer e a Praça a ficar mais vazia.
Uma dica em relação ao almoço. Tinha levado guloseimas para comer na fila, mas vi várias pessoas a comerem massa que tinham comprado numa loja de take-away perto do Vaticano. Tinha visto no Trip advisor que essa loja de massa era muito boa, e tencionava ir lá almoçar depois do museu. Quando estávamos na fila, às 10h30, vi a loja ao longe e estava imensa gente è frente, naquele momento não percebi porque tinha tanta gente a essa hora, mas depois fui vendo pessoas a comerem na fila e percebi. Por volta das 15h quando saímos do museu e fomos à loja para comer, estava uma fila de pelo menos 100 metros sem exagero. Obviamente que depoisd e 2h para entrar no Vaticano, não ia fazer fila para comer massa. Os meus filhos e o meu marido matavam!! Fomos comer pizza. Mas à noite, antes de voltar para o apartamento, passamos por lá e levamos para casa. A massa é mesmo boa! O preço em conta e é muito bem servido.
3º dia: Apanhamos o metro até ao Circo Mássimo. Basicamente, era uma arena gigante dedicada a jogos públicos durante a época do Império Romana. Hoje é um espaço verde. Onde há bastante lixo. Aliás, as ruas de Roma são muito sujas. A nossa primeira reação foi criticar as pessoas que deitam lixo no chão, mas a verdade é que é uma luta encontrar caixotes do lixo. Estive a passear durante mais de 500 metros no centro de Roma à procura de um caixote do lixo depois de comer um gelado.
Depois de ficar um bocado no Circo, fomos a pé até à Pirâmide de Céstio que serve de túmulo para Caio Céstio Epulão e que tem mais de 2000 anos. Almoçamos naquela zona, numa cadeia de pizzas à fatia que há em vários lugares em Roma, Alice Pizzas. A seguir fomos a pé até ao Buco della Serratura que é um buraco numa fechadura, numa casa no bairro Aventino. Quando olhamos por esse buraco, vê-se a cúpula da Basílica de São Pedro. É impressionante, porque pensamos, como pode ser? Será que fizeram de propósito, para alinhar o portão da casa com o corredor de árvores do jardim. Obviamente, também fizemos fila para olhar por um buraco...
Depois da casa da fechadura, caminhando para a boca da verdade, há logo ali dois parques um a seguir ao outro onde se pode ter uma bela vista sobre o Tibre e Roma.
Seguimos até à boca da verdade é uma imagem esculpida em mármore de uma face humanoide que fica no pórtico de Santa Maria in Cosmedin. As crianças gostaram muito de ver esta escultura porque a lenda diz que é um detetor de mentiras. Acredita-se que se alguém contar uma mentira com a mão na boca da escultura, ela iria morder a mão do mentiroso. Era giro termos tirado foto a por a mão dentro, mas mais uma vez, encontramos uma fila gigante e chega uma altura em que temos de definir prioridades.
Passamos a ponte do Tibre e fomos até ao bairro de Trastevere, mas sinceramente, não achei nada de especial. Se calhar também porque já estava cansada, confesso, e não estava disposta a explorar o bairro como deve ser.
Agora que escrevo o que fizemos, vejo que nesse dia torturamos as pernas das nossas crias. A caminho de casa, passamos pelo monumento Monumento a Vítor Emanuel II da Itália, mas chegamos por baixo, e não sabíamos como subir lá, e há duas escadas gigantes mesmo antes do monumento. Começamos a subir as primeiras, mas paramos a meio porque vimos que iam para o Monte Capitolino. Subimos as escadas a seguir que ficam coladas ao monumento, só que, só permitem entrar numa igreja, a Basílica de Santa Maria em Aracoeli. Subimos tanto, que não íamos deixar de entrar. No fim, até se revelou uma bela surpresa. Trata-se da igreja oficial do conselho municipal de Roma e pertence à ordem Franciscana. Por fora, parece ser uma igreja básica, mas por dentro é muito bonita com imensos candeeiros de cristal. É famosa por causa da estátua de madeira do Santo Bambino de Aracoeli, esculpido no século XV. Por isso, não estava nos planos, mas adoramos a visita.
Apesar de cansados, subimos finalmente ao topo do monumento Vittoriano. E ficamos lá a descansar, a tirar fotos e as crianças a desenhar.
4º dia: Andamos de autocarro turístico. Gostei bastante, comprei com antecêndia no Get your guide e era o Big Bus Rome. O bilhete também dava para os autocarros vermelhos da Sight Seing, mas as explicações do Big Bus Rome eram mais interessantes. Aproveitamos para rever o que tínhamos visitado, mas com explicações, o Circo Mássimo por exemplo. Lá falaram da Basílica que visitamos por engano e disseram que pouca gente visita essa Igreja (se calhar pela escadaria da morte para chegar até lá), mas que é uma pena porque tem muito para ver.
Vimos o Coliseu pela primeira vez desde a nossa chegada e aproveitamos para ir até ao Castelo San Angelo.
Foi um dia mais tranquilo em que paramos para ir até à Piazza Navona.
No final do dia saímos no Coliseu e andamos lá à volta. Não tinha grandes expectátivas à volta do Coliseu, mas a verdade é que é uma obra impressionante. Decidimos não visitar o interior porque não queríamos cansar as crianças com demasiados museus. Já basta entrar nas igrejas todas e ter visto o Vaticano. Pode ser que retornemos a Roma um dia, pelo menos atiramos uma moeda na Fonte de Trevi com esse objectivo.
5º dia: Fomos de metro até à estação de Spagna para visitar os jardins da Villa Borghese. O meu filho insistiu e alugamos uns quarts que havia lá para andar pelo jardim, mas não me voltam a enganar. Se voltar a um jardim onde alugam vehículos, hei-de ver se há vehículos elétricos, porque lá até havia, mas fomos escolher uns onde se pedala. Fiz o meu desporto do ano.
Há lá vários miradouros, e esculturas de interesse.
A seguir fomos até à escadaria espanhola. Entramos na igreja que está no topo e descemos a escadaria.
Nesse dia, só tinha mesmo planeado a Villa Borghese e a Escadaria, por isso estivemos mais a passear tranquilamente. Voltamos à Fonte de Trevi porque não tínhamos visto durante o dia e na verdade não a tínhamos visto como deve ser. Nesse dia conseguimos aproximarmo-nos da água e atirar uma moeda.
No fim do dia, fomos visitar a Basílica Papale di Santa Maria Maggiore que ficava relativamente perto do nosso apartamento, víamos a torre da nossa varanda. Gostei muito, quase tão impressionante que a Basílica São Pedro, é uma das quatro maiores de Roma.
6º dia: Fomos à loja Lego que há em Roma, para ser uma visita um bocado mais adequada a crianças. Também queríamos ver se dava para construir um Romano, ou Gladiador, mas não. Tirámos fotos ao mural de legos que representa a Fonte de Trevi.
A seguir fomos ao último monumento que ainda não tínhamos visto, o Panteão. Compramos uma sandes no All Antico Vinaio, porque vimos TODA gente a comer sandes de lá, só que gostaria de perceber melhor o conceito da loja antes de ir e saber bem os ingredientes que têm. Havia uma fila gigantesca e quando chegou a minha vez, escolhi um bocado ao calhas, mesmo assim estava deliciosa, mas penso que a experiência teria sido melhor se houvesse um menu escrito em inglês à entrada. Há um QR Code, mas a ligação estava lenta, não consegui ver nada. Sentámo-nos à frente do Panteão e comemos lá, a ouvir uma Senhora a cantar ópera. Foi giro.
Fila para o All Antico Vinaio
Por fim, voltamos a passar pela Fonte de Trevi e fomos até ao Coliseu novamente, para vê-lo durante o dia e ver o Parque Arqueológico.
A nossa última visita foi à Basílica São Pedro in Vincoli porque tinha visto que tinham lá uma das obras mais famosas de Michelangelo e tinha a fotografia no caderno de viagem das crianças, a representação de Moisés. É também nessa basílica que podem ver-se as correntes com as quais São Pedro esteve preso em Jerusalém. Estão guardadas num cofre no altar maior e pode-se por uma moeda para abrir e fechar o cofre. Tivemos sorte de passar depois de alguém por uma moeda. Há muitas animações dessas nas igrejas em Roma.
E foi assim a nossa viagem a Roma. Parecem muitos dias, mas com crianças e para ver tudo como deve ser, não é assim tanto. Mesmo assim, acho que poderíamos ter entrado em certos monumentos que não entramos como o Panteão por exemplo. Mas no geral gostei muito e acho que as crianças também.
É difícil deixar as fotografias todas que tiramos aqui. Se quiserem ver mais fotos e vídeos e ter mais dicas, podem ver na nossa página Instagram.
Experimentei esta receita antes do Natal e ficou deliciosa. Este brownie é ideal para um pique-nique ou como ideia de lanche saudável.
Ingredientes:
3 cenouras grandes
1 embalagem de queijo de cabra
3 ovos
120g de manteiga
200g de farinha
nozes a gosto
fermento em pó
sal e pimenta a gosto
Preparação:
Cortar as cenouras descascadas e cortadas em pedaços e cozer em água temperada com um cubo de caldo de galinha.
Uma vez cozidas, escorrer e triturar as cenouras.
Pré-aqueça o forno a 200ºC.
Num recipiente, misturar os ovos com o queijo de cabra cortado em pedaços. Adicionar a manteiga derretida, a farinha, o fermento em pó e as nozes partidas em pedaços. Misturar bem. Adicionar o puré de cenoura e misturar.
Por numa forma forrada com papel vegetal e levar ao forno a 200ºC durante 30 minutos, mais ou menos.